quarta-feira, 28 de maio de 2008

Política fiscal precisa tornar-se estável para expansão do mercado de seguros

Política fiscal precisa tornar-se estável para expansão do mercado de seguros


28/05/08 - 10h46


De acordo com o vice-presidente da Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização), Osvaldo Nascimento, para a expansão do mercado de seguros a política fiscal precisa tornar-se estável, caso contrário, a volatilidade pode ser encarada de forma negativa pelos investidores estrangeiros.

"As regras tributárias não podem ser alteradas com tamanha volatilidade como ocorre hoje. O IOF, por exemplo, eliminado do seguro de vida e reduzido em outras modalidades há pouco mais de um ano, foi restabelecido recentemente. Isso é encarado negativamente, sobretudo pelos investidores estrangeiros", explicou.

A formalização dos contratos é outro tópico que precisa ser trabalhado. Para ele, ao manter a exigência de papel e assinatura formal para os contratos, desconsidera-se as vantagens e a agilidade da era digital.

Flexibilização
As declarações de Nascimento foram feitas durante seminário realizado em São Paulo. Na ocasião, ele também falou da flexibilização do resseguro.

Para o vice-presidente da Fenaseg, com a abertura do mercado de resseguro, iniciada em 17 de abril, as companhias devem fortalecer os controles internos, com a adoção de mecanismos para avaliar os riscos operacionais.

Além disso, ele destaca que o órgão regulador precisa, a partir de agora, mudar de patamar, pois passa a atuar em um segmento que depende de informações mais completas.

Na sua opinião, as medidas são necessárias para evitar crises de imagem como as ocorridas na Alemanha ou problemas como os das hipotecas (subprime) nos Estados Unidos.