segunda-feira, 12 de maio de 2008

Nova Politica Industrial

Nenhum setor ficará de fora da nova política industrial, diz ministro
Segundo Miguel Jorge (Desenvolvimento), plano citará nominalmente 24 setores.
Projeto terá ainda 'caixinha', na qual estarão incluídas outras áreas da indústria.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta quinta-feira (8) que, ao contrário da política industrial do primeiro mandato do governo Lula, a nova política industrial para o país, que será anunciada na próxima segunda-feira (dia 12), não deixará de fora nenhum setor da economia.

Segundo ele, o plano citará nominalmente 24 setores, mas terá o que o ministro chamou de "caixinha", na qual estarão incluídas outras áreas da indústria. "Não consideramos que deveríamos escolher quais seriam os vencedores e quais seriam os perdedores. Isso não é papel do governo", afirmou à Agência Estado.

Na avaliação do ministro, o papel do governo é induzir o desenvolvimento. "Não podemos deixar isso na mão do mercado. O mercado não é perfeito, é imperfeito. O governo também não é perfeito, mas tem grande possibilidade de impulsionar políticas de desenvolvimento", admitiu. Um exemplo disso, segundo o ministro, é o governo usar sua capacidade de compra, que hoje é dispersa.

Empresas

Para citar um exemplo concreto, o ministro contou que em paralelo às discussões da nova política industrial, o governo conversou com diversas empresas. E, sabendo do interesse do governo em usar seu poder de compra, o conglomerado industrial americano General Electric (GE) fabricou e vai entregar, na semana que vem, a primeira locomotiva pesada feita no Brasil em 40 anos.


"Por que não comprarmos determinados equipamentos fabricados no Brasil, mesmo que haja grande parte de material importado? Por que não atrair fabricantes para produzir aqui e tornar o País uma plataforma exportadora?", provocou.