Transportes terrestres lideram desembolsos no BNDES em 12 meses até fevereiro | |
Rio de Janeiro - Os financiamentos para investimentos no setor de transportes terrestres lideraram os desembolsos efetuados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos 12 meses até fevereiro. "Eles atingiram 18% do total desembolsado pelo banco”, destacou hoje (13) à Agência Brasil a economista Ana Cláudia Além, assessora da presidência da instituição. As liberações do BNDES somaram R$ 66,6 bilhões no período – um aumento de 21%. Do total, transportes terrestres (rodoviário de passageiros, carga e escolar, ferroviário e metroviário) receberam R$ 12,1 bilhões, com aumento de 71,4% em relação aos desembolsos registrados nos 12 meses anteriores. "Isso reforça os desembolsos do banco para infra-estrutura e nesse item transportes há projetos do Programa de Aceleração do Crescimento [PAC]”, afirmou a economista, ao citar os projetos da ferrovia Transnordestina e da Ferrovia Norte-Sul, para os quais foram liberados R$ 710 milhões no período. No setor de transportes terrestres, o destaque foi o segmento de carga geral, “associado aos setores de mineração e siderurgia”, disse Além, para quem o setor agropecuário também contribuiu de forma positiva para o incremento dos transportes, ao mostrar sinais de ter saído da crise iniciada há dois anos. “São setores que dependem do transporte de carga”, reiterou. O desembolso total para carga geral foi de R$ 7 bilhões em 12 meses, com alta de 71% em relação aos 12 meses anteriores. O segundo setor a receber mais recursos do BNDES no período foi o de energia elétrica, com R$ 6,6 bilhões – expansão de 100% na comparação com o período anterior. As aprovações de projetos somaram R$ 104,8 bilhões, com acréscimo de 32% sobre o período anterior. Para transportes terrestres, as aprovações atingiram R$ 15,9 bilhões, mostrando crescimento de 64%. Para infra-estrutura, foram liberados R$ 26,5 bilhões, com alta de 64%. A indústria recebeu recursos no valor de R$ 26,8 bilhões, com recuo de 10%, explicado pela redução dos financiamentos destinados à exportação. As aprovações para infra-estrutura alcançaram em 12 meses até fevereiro R$ 44,3 bilhões, com aumento de 75%. Para indústria, as aprovações atingiram R$ 45,5 bilhões e para a agropecuária, R$ 5,2 bilhões. Os aumentos respectivos foram de 10% e 21%. O Grupo Empresarial Pacto Mercantil |